Illness name: mancha senil

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Índice
1. O que é o lentigo solar?
2. Em quem surge?
3. Causas
4. Sintomas
5. Diagnóstico
6. Tratamento
6.1. Medicamentos
6.2. Laser e luz intensa pulsada
6.3. Crioterapia
6.4. Dermoabrasão ou microdermoabrasão
6.5. Peeling químico
7. Prevenção
8. Ficha técnica
9. Referências

O que é o lentigo solar?

O lentigo solar , também conhecido como mancha senil ou melanose solar , são pequenas manchas mais escuras e planas que surgem na pele, principalmente em pessoas idosas.

As machas podem surgir em pequena quantidade ou serem múltiplas. Sua coloração varia de castanho claro ou cinzento até um castanho bem escuro.

As machas da melanose solar variam de tamanho e geralmente aparecem em áreas expostas ao sol, tais como o rosto, as mãos, os ombros e os braços.

As machas senis são lesões benignas resultantes da atividade aumentada dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da melanina, pigmento que dá cor à pele.

Lentigo solar nas mãos

As manchas da idade não precisam de tratamento, são um problema puramente estético. Porém, elas são um sinal de que a pele recebeu muita exposição solar, o que também é um fator de risco para câncer de pele, como melanoma .

Em quem surge?

O lentigo solar é mais comum em pessoas de pele clara, naqueles com mais de 50 anos, em pessoas com histórico de exposição frequente ao sol e nos homens. As lesões, porém, também podem surgir nas mulheres e em jovens que se expõem excessivamente ao sol sem proteção.

Nos EUA, as manchas senis estão presentes em 90% da população branca com mais de 60 anos e em 20% dos brancos com menos de 35 anos.

A melanose solar também é comum nos pacientes com psoríase que se tratam com radiação artificial de UVB e UVA, especialmente naqueles com mais de 5 anos de tratamento.

Jovens que fazem bronzeamento artificial com frequência também podem desenvolver lentiginas solares precocemente.

Causas

O lentigo solar surge pelo dano à pele provocado por frequente exposição ao sol ao longo dos anos. A radiação ultravioleta estimula a proliferação e a atividade dos melanócitos, levando ao aumento da produção do pigmento melanina, que dá origem as machas.

O excesso de exposição solar também causa outras alterações na pele, tais como:

  • Variações na espessura das camadas da pele.
  • Atrofia da junção dermoepidérmica (área de tecido que une as camadas epidérmica e dérmica da pele)
  • Diminuição de fibroblastos, células responsáveis pela síntese de colágeno e elastina.
  • Alterações da circulação sanguínea da pele.

Todos esses danos, associados ao aumento da atividade dos melanócitos, resultam no aparecimento das manchas senis.

Como o dano solar é cumulativo, as machas senis costumam surgir em pessoas com idade mais avançada. Indivíduos de pele clara apresentam melanócitos mais sensíveis e pele mais suscetível aos danos da radiação ultravioleta, motivo pelo qual o surgimento de melanose solar é mais comum neste grupo.

Além da exposição solar em excesso, outro fator desencadeante do lentigo solar é o contato com certos poluentes presentes no ar, tais como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, provocados pela queima incompleta de combustíveis fósseis, carvão e madeira ou pela fumaça do cigarro.

Sintomas

O lentigo solar aparece mais comumente em locais do corpo mais exposto à radiação ultravioleta, como rosto, braços, dorso das mãos e parte superior do tronco.

Manchas senis no dorso da mão.

O lentigo solar é uma mancha plana e bem circunscrita. Pode ser redonda, ovalada ou de formato irregular. A cor varia de um castanho bem claro, quase da mesma cor da pele, até um marrom escuro, quase preto. O tamanho das manchas vária de alguns milímetros a vários centímetros de diâmetro. Algumas manchas podem ter textura um pouco escamosa.

Manchas senis nas costas

Lesões novas tendem a ter menos de 5 mm e coloração mais clara. Já as lesões antigas são habitualmente maiores e frequentemente de coloração marrom-escura. As lentiginas solares aumentam lentamente em número e em tamanho. Muitas lesões eventualmente coalescem para formar manchas maiores.

Diagnóstico

Na maioria das vezes, o diagnóstico do lentigo solar é simples e pode ser realizado apenas com a inspeção visual da lesão pelo dermatologista ou pela dermatoscopia (aparelho que permite a ampliação da imagem da pele em até 400 vezes).

É importante distinguir as manchas de idade de outras doenças de pele porque os tratamentos diferem e o uso do procedimento errado pode atrasar outras terapias necessárias.

Se houver dúvida, o dermatologista pode realizar uma biópsia da pele. Isso pode ajudar a distinguir as manchas de idade de outras condições, tais como lentigo maligno, um tipo de câncer de pele.

Tratamento

O lentigo solar é basicamente um problema estético. As lesões são assintomáticas e completamente benignas, não necessitam de tratamento.

Se o paciente considera as manchas esteticamente inconvenientes, há tratamentos disponíveis para aliviá-las ou removê-las.

Os tratamentos para as manchas de idade incluem:

Medicamentos

A aplicação de cremes branqueadores, como a hidroquinona e a tretinoína, podem clarear as lesões após alguns meses de uso.

Laser e luz intensa pulsada

As terapias com laser ou luz intensa pulsada destroem as células produtoras de melanina sem danificar a superfície da pele. Essas abordagens normalmente requerem duas a três sessões.

Inicialmente, o local da lesão se torna acinzentado escurecido, pela dispersão da melanina. Em seguida, incia-se um processo inflamatório, com vermelhidão e posterior formação de crosta no local da lesão. Após 10 a 12 dias, a crosta se desprende, clareando o local onde estava a ferida.

Crioterapia

Esse procedimento é feito através da aplicação de nitrogênio líquido diretamente sobre a lesão por 5 segundos, com o auxílio de um cotonete de algodão. O frio intenso destrói a melanina e produz uma cicatriz mais clara na pele.

Dermoabrasão ou microdermoabrasão

São procedimentos que esfoliam a pele, removendo a camada superficial e estimulando o crescimento de pele nova. Pode levar vários meses para que as manchas clareiem.

Peeling químico

Esse método envolve a aplicação de uma solução química na pele para remover as camadas superiores, estimulando a formação de pele nova. Também são necessárias várias sessões para haver um resultado relevante.

Prevenção

Para ajudar a evitar o surgimento de manchas de idade ou novas lesões após o tratamento, algumas medidas são importantes:

  • Evite o sol entre 10h e 14h. Como os raios solares são mais intensos durante esse período, tente programar atividades ao ar livre para outras horas do dia.
  • Use protetor solar . 15 a 30 minutos antes de sair para a rua, aplique um protetor solar com fator de proteção de pelo menos 50. Aplique o protetor solar generosamente; reaplique a cada duas horas se estiver nadando ou transpirando.
  • Cubra-se. Para proteção contra o sol, use roupas que cubram seus braços e pernas e um chapéu de aba larga, o que proporciona mais proteção do que um boné ou uma viseira de golfe.

Considere o uso de roupas projetadas para proporcionar proteção contra o sol. Procure roupas rotuladas com um fator de proteção ultravioleta de 40 a 50 para obter a melhor proteção.

Ficha técnica

  • CID-10 : L814 – Outras formas de hiperpigmentação pela melanina.
  • Nomes : lentigo solar, mancha senil, melanose solar ou mancha hepática.
  • Especialidade : Dermatologia.
  • Infeccioso : não.
  • Contagioso : não.
  • Origem autoimune : não.

Referências

  • Lentigo Solar Senil – Alternativas de Tratamento Disponíveis no Mercado Estético – Journal of Health Science.
  • Overview of benign lesions of the skin – UpToDate.
  • Lentigo (syn. lentigine) – The Primary Care Dermatology Society.
  • Lentigo – Medscape.
  • Bolognia JL, Jorizzo JL, Schaffer JV. Dermatology, 3rd edition 2012. Chapter 112, Benign Melanocytic Neoplasms. Harold S Rabinovitz and Raymond L Barnhill.
  • Imagens: Depositphotos .

Autor(es)

Dr. Pedro Pinheiro

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.